Em dia com a Segurança Pública em nossa cidade com Cel. Piccinini


A SEGURANÇA NOSSA DE CADA DIA

Os tempos estão para lá de difíceis. Além de todos os problemas do dia-a-dia que a população tem que enfrentar com o transporte deficiente, congestionamentos, sistema de saúde deficitário, tarifas públicas altas, impostos escorchantes, etc, etc, etc, a questão da segurança pública transformou-se num verdadeiro pesadelo dos belohorizontinos.
Os crescentes índices de criminalidade violenta, aí considerados apenas os crimes de homicídio, latrocínio, estupro, seqüestro, roubo a mão armada, turbinados pelo uso cada vez mais intensivo de drogas baratas como crack, somados a atitudes lenientes das autoridades públicas, na gestão de sistemas de defesa social que se mostram incapazes de contê-los, está a criar um clima de verdadeiro pavor nas comunidades. Hoje é muito comum ouvirmos que o cidadão de bem está preso, enquanto os marginais agem cada vez mais livremente.
Como vivemos num Estado de Direito, onde a competência para o exercício da segurança pública é privativa dos entes federados – país, estados e municípios, esperava-se que ao menos as autoridades detentoras do poder público demonstrassem maior preocupação para com o problema e cuidasse de propor medidas concretas para, se não resolver, pelo menos conter esse tsunami de crimes violentos que está a abater sobre a sociedade.
Pelo jeito como as coisas estão acontecendo, o sentimento que nos resta é achar que as questões da segurança pública estão sendo colocadas no canto de uma prateleira esquecida.
Pelo noticiário da mídia, a esmagadora maioria dos marginais que são presos pela Polícia Militar, já o foi em outras ocasiões. Ter passagem pela polícia virou uma espécie de curriculum vitae da marginália ensandecida. A pergunta que não quer calar é o porquê desses bandidos terem sido presos várias vezes e, novamente livres nas ruas, estão soltos para cometer crimes cada vez mais bárbaros.
A mesma mídia nos informa que a justiça vem sendo leniente no cumprimento de seus deveres e que uma onda de permissivismo oportunista vem orientando nossas elites políticas, desviando-as do enfrentamento dos reais problemas de segurança da sociedade. A tão propalada e esperada reforma do nosso código penal, no lugar de proteger as pessoas de bem contra a turma do mal, ameaça nossas liberdades civis com penas mais amenas para os praticantes de vários crimes violentos.
A bandalheira e a corrupção que domina as altas esferas da administração pública, partindo principalmente de Brasília e contaminando toda a Federação, faz com que a opção pela real punição do criminoso se transforme em mero argumento semântico.
Nunca sobra dinheiro para se investir na segurança pública.
Esse mesmo vento permissivista trata da descriminalização do uso das drogas entorpecentes e, com argumentos falaciosos, traçam-se estratégias de limitação desse uso, como se fosse possível separar esse joio do trigo.
Assim, essa nau da insensatez vai navegando nesses oceanos tormentosos, onde o que menos está sendo considerado é a real necessidade que a comunidade tem, da segurança nossa de cada dia.
Coronel Piccinini
Ex-Comandante do Batalhão de Polícia de Choque e Ex-Comandante do Policiamento
da Capital Presidente do Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais.



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